quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Rubéns Jr.,Gardenia Castelo e Luciano Leitoa,nomes que podem liderar oposição na Assembléia.


Dep.Rubéns Jr.

Por: John Cutrim

Na próxima legislatura, a Assembléia não terá mais como líder de oposição o deputado Edivaldo Holanda (PTC), que com destaque, excelência e muita bravura, desempenhou brilhantemente seu papel na Casa.


Infelizmente, por culpa de alguns membros da própria oposição, vale ressaltar, Edivaldo não conseguiu se reeleger, faltando pouco mais de 100 votos. Com a ausência do parlamentar evangélico,
o blog aponta alguns nomes podem sucedê-lo.

Entre os deputados eleitos para o quadriênio 2011/2014, o blog destaca três que podem assumir a função de líder da oposição ao governo Roseana Sarney: a deputada Gardênia Castelo (PSDB) e os deputados Luciano Leitoa (PSB) e Rubens Júnior (PCdoB).

Dep.Gardenia Castelo


 
Todos os três agregam experiência necessária para comandar a oposição na Casa. Gardênia Castelo e Rubens Jr., pelo fato de estarem no seu segundo mandato e terem crescido no meio político, e Luciano Leitoa por já ter sido deputado federal e candidato a prefeito.

Os três reúnem, entre outras qualidades, discurso crítico, capacidade de percepção e compreensão da realidade sócio-econômica do Estado e ainda bom trânsito entre os deputados governistas. Além disso, são articuladores, bons agregadores e tem inerente à personalidade um potencial diplomático muito forte.

Dep.Luciano Leitoa



Os nomes estão postos, cabe agora aos partidos da bancada oposicionista se reunirem e definirem aquele que melhor pode representar o bloco.

Rubéns Pereira Jr o segundo deputado estadual mais jovem do Brasil (e a primeira Dep.Lívia Arruda sumida)

Por: O Globo.com

Em setembro de 2009, o deputado estadual Rubens Júnior (PC do B–MA), segundo mais jovem do Brasil, causou polêmica ao trocar o PRTB pelo atual partido comunista. Quando a antiga legenda decidiu integrar a base do governo de Roseana Sarney, empossada após a Justiça cassar o mandato de Jackson Lago (PDT) por abuso do poder político, Rubens Júnior passou a conviver com divergências constantes com os companheiros. O cenário político culminou com a saída do ex-partido, que chegou a ser contestada, sem sucesso, pelo primeiro suplente do PRTB.

Recentemente, o deputado – agora candidato à reeleição – voltou a chamar a atenção da população maranhense: em sua declaração de bens junto ao TSE, aparecia a mensagem “nada a declarar”. Rubens Júnior alegou um contratempo de campanha para o equívoco, e já no início dessa semana divulgou o valor correto. Por telefone, conversamos com o parlamentar, filho e neto de ex-prefeitos. Confira trechos do bate-papo:

Já Voto! - Por que a entrada na política?
Rubens Júnior - Na verdade, a minha família tem história na política. O meu pai foi deputado e prefeito, assim como o meu avô. Então, eu sempre tive vontade de entrar na política. Para isso, fui me preparar e cursei direito na Universidade Federal do Maranhão. Nunca tive dúvida de que iria trilhar esse caminho. Apesar disso, participo da juventude do PC do B muito mais agora do que antes da eleição”.

Já Voto! – Que tipo de propostas você tem para a juventude?
RJ - Grande parte do meu mandato é voltado para o público jovem. Na Assembléia, eu fui presidente da comissão da infância e juventude por dois anos. Além disso, tem a PEC estadual da juventude, uma proposta minha baseada em um projeto que já tramita no congresso nacional (a PEC da Juventude foi promulgada essa semana). Nela, está prevista a determinação de um plano dezenal de políticas públicas para a juventude. O complicado é que na constituição estadual, ou mesmo nacional, sequer existia a palavra juventude. Constam apenas os termos infância e adolescência, que requerem políticas bem diversas. Imagina, então, a dificuldade para se tentar traçar políticas voltadas para essa parcela da população. Hoje, a discussão sobre juventude amadureceu. Mas uma coisa importante é perceber que existem vários tipos de juventude: urbana, rural negra, feminina... Não adianta querer generalizar.

Já Voto! – A que você credita o crescente desinteresse dos jovens com a política?
RJ - É preciso politizar mais os jovens, que se encontram muito descrentes. Acho que por vivermos um período de maior estabilidade política os jovens acabam não participando tanto. Antes, na época da ditadura, ou do Collor, existia uma mobilização maior. A juventude precisa estar mais atenta e participar ativamente do processo político.

Já Voto! – Por que tantos jovens parentes de políticos seguem o mesmo caminho?
RJ – Essa questão de gerações da mesma família se manterem na política é uma tradição histórica. É algo que está relacionado à cultura política do país, uma forma das pessoas se perpetuarem no poder. No Maranhão isso é muito freqüente. Mas é preciso distinguir: tem gente que entra apenas pela herança política e não tem conteúdo, só que não são todos assim. E existe sim uma dificuldade dos políticos tradicionais de abrir espaços para que novas pessoas possam entrar na política. Eu participei da última Conferência Nacional da Juventude e uma das propostas era a de estabelecer uma cota de 10% para candidatos com até 29 anos, assim como está estipulado que pelo menos 30% dos candidatos devem ser de um dos sexos.

Já Voto! – Você já sofreu preconceito na Assembleia por conta da pouca idade?
RJ – Mesmo sendo jovem, fui presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), uma das mais importantes da casa. Mas cheguei a ouvir algumas coisas desagradáveis. Certa vez, um deputado disse: “estou na vida pública há 20 anos e esse menino entrou ontem”. Ainda assim, eu não tive dificuldades no exercício parlamentar porque me preparei de fato.


Nota da Redação: Há mais de duas semanas, estamos tentando falar também com a deputada estadual Lívia Arruda (PMDB-CE), caçula do país aos 26 anos recém-completados, mas não obtivemos retorno. Coincidência ou não, o pai da candidata, o deputado federal José Gerardo Arruda (PMDB-CE), que postula a reeleição, acaba de receber um pedido de impugnação de candidatura pela Procuradoria Regional Eleitoral, que se baseou na Lei da Ficha Limpa. Gerardo Arruda foi o primeiro parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF)  desde a Constituição de 1988.

Jovens impugnados, alagoanos rigorosos e assessores desinformados

Por enquanto, somente 6% dos 607 jovens candidatos a deputado federal e estadual (que teriam até 26 anos de idade em 5 de outubro, data das eleições) tiveram o registro indeferido pelos TREs, foram declarados inaptos ou renunciaram - ao todo, 37 pessoas. Outros 58 sofreram pedido de impugnação e ainda aguardam julgamento, e 263 estão liberados pela Justiça Eleitoral para concorrer às assembleias legislativas e à Câmara dos Deputados. Mais jovem deputada do Brasil, a cearense Livia Arruda (PMDB), filha do deputado federal José Gerardo Arruda (PMDB), também impugnado pela Justiça, desistiu de concorrer à reeleição. Rubens Junior (PC do B-MA), segundo mais novo, já está deferido e segue na disputa.

Rigoroso, o Ministério Público de Alagoas pediu a impugnação de um número aparentemente inverossímil (mas real) de políticos. Por conta de falta de documentação, erros de cadastro e incorrência na nova Lei da Ficha Limpa, o MP encaminhou a cassação de 98,4% dos 461 registros eleitorais do estado, mas apenas uma pequena parte desses candidatos teve, até agora, o protocolo indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral alagoano. Até o fechamento da coluna, 58 políticos haviam sofrido veto das autoridades judiciais, e outros 22 renunciaram ao direito de participar da votação. 291 registros, como o do ex-presidente Fernando Collor (PTB) e o do senador Renan Calheiros (PMDB), foram deferidos (cerca de 63% do total), assim como o da também ex-senadora e hoje vereadora Heloísa Helena (PSOL), e 100 ainda aguardam julgamento.

O prazo para que todos os tribunais regionais publicassem os resultados dos julgamentos relativos a todas as candidaturas terminou nesta quinta-feira, 5 de agosto. No entanto, muitos TREs desobedeceram ao cronograma oficial, como já ocorrera em outras datas. Poucos estados conseguiram finalizar os trâmites eleitorais a tempo, e alguns funcionários, inclusive, desconheciam as determinações legais. Na severa Alagoas, por exemplo, até a noite de ontem, os protocolos relativos a deferidos e impugnados ainda não constavam da página oficial do órgão na internet. Apenas no endereço virtual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão disponíveis as relações nominais com os políticos e seus respectivos documentos (e o sistema, com frequência, apresenta dados incorretos ou desatualizados).

Quando entrevistado, no final da tarde desta sexta-feira, um assessor de comunicação do TRE do Rio de Janeiro assinalou, convicto, o seguinte:

– Ontem, só acabou o prazo de julgamento das candidaturas, e não o de publicação das decisões. Ficamos aqui até a meia-noite para cumprir com o regulamento.

No
calendário eleitoral do TSE, contudo, consta outra informação – que, passada ao assessor, teve contestação:

"AGOSTO - QUI, 05/08/2010

1. Data em que todos os pedidos originários de registro, inclusive os impugnados, deverão estar julgados e publicadas as respectivas decisões."

O próprio TSE, responsável pela análise dos candidatos a presidente e vice-presidente, só havia anunciado, ontem à noite, as resoluções relativas a José Serra (PSDB), José Maria Eymael (PSDC), Dilma Roussef (PT), Marina Silva (PV), Ivan Pinheiro (PCB) e de seus colegas de chapa – todos deferidos.